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Aditivos alimentares - Parte 1

O que são e pra quê servem?

Presentes quase que na totalidade dos alimentos industrializados os aditivos alimentares, segundo a FAO, são substâncias não nutritivas adicionadas intencionalmente ao alimento e tem por objetivo não só conservar mas para melhorar a aparência, sabor, textura e propriedades de armazenamento, lembrando que eles não tem nenhuma função de enriquecer nutricionalmente.

Se voltarmos um pouco na História veremos que adição de produtos químicos com o intuito de conservar os alimentos vem desde a pré-história, quando o homem com a descoberta do fogo, começou a utilizar a defumação na preservação de carnes e derivados (processo feito até hoje). Em seguida começou a utilizar a conservação por através da salga, adição de condimentos na melhoria da palatabilidade, além das fermentações de produtos animais e vegetais. Ainda os antigos egípcios usavam corantes e aromatizantes e os romanos usavam nitratos, especiarias para conservar alimentos e melhorar a aparência.


Legislação e órgãos reguladores


A legislação brasileira para aditivos (ANVISA) se baseia em documentos criados pelo Codex Alimentarius Comission - CAC), essa comissão foi criada pela FAO/OMS a fim de desenvolver padrões para alimentos em caráter internacional e regional, além de proteger a saúde do consumidor. A CAC é um organismo internacional intergovernamental que inclui o Codex Committee on Food Additives and Contaminants (CCFAC), cujo trabalho científico é feito pelo Joint Expert Committee on Food Additives (JECFA), esse grupo independente avalia desde 1956 os dados científicos de aditivos para alimentos e recomendando níveis seguros de uso; é composto por especialistas convidados que atuam por seus conhecimentos e não são representantes de nenhum governo ou empregador.

O estudos feitos pelo JECFA são feitos através de testes toxicológicos em animais de laboratório onde indentifica-se para cada substância testada o NOEL (No Observable Effect Level ou Nível de efeito não observável), ou seja, a maior quantidade da substância que não provoca alteração na morfologia, capacidade funcional, crescimento, desenvolvimento ou vida média do animal, assim esse aditivo que não mostrou ter efeitos tóxicos, através de cálculos, é passado para o homem, surgindo então a IDA (Ingestão Diária Aceitável).

Efeitos adversos


Todavia é importante saber se o aditivo e a quantidade consumida são seguros para a saúde do consumidor. É notável que algumas substâncias contidas nos alimento podem ser tóxicas e até mesmo cancerígenas (seja de origem natural ou artificial) mas que na dose certa não causam problemas. Os efeitos tóxicos estão relacionados diretamente com a quantidade ingerida, com a predisposição aos efeitos tóxicos, alimentação de má qualidade, idade (principalmente as crianças).

Estudos apontam reações adversas aos aditivos, quer seja aguda ou crônica, tais como reações tóxicas no metabolismo desencadeantes de alergias, de alterações no comportamento, em geral, e carcinogenicidade, esta última observada a longo prazo.

Ao longo dos posts serão abordados os possíveis efeitos dos aditivos nos organismos, assim como suas funções e exemplos de alimentos em que são empregados determinados aditivos.


A lista dos tipo de aditivos é bem extensa, começaremos portanto, de forma alfabética, com os antiumectantes.


ANTIUMECTANTES


Definição: Reduz as características higroscópicas e diminui a tendência à adesão, umas às outras, das partículas individuais, ou seja eles retardam a absorção de umidade do alimento e evita o empedramento.


Vantagens: Evita empedramento do produto na embalagem e previne a deterioração microbiológica;

facilita escoamento do produto.


Sobre o Alumínio silicato de sódio e silicato de alumínio:

Os alimentos que possam apresentar esses aditivos são: alimentos desidratados, sal e seus produtos de substituição, gêneros alimentícios sob a forma de pastilhas, queijos de pasta dura, semidura e fundidos, ralados ou fatiados, arroz, gomas de mascar, tratamentos de superfícies das salsichas, gomas de gelatina moldada, temperos, produtos de confeitaria (exceto o chocolate).


Seus efeitos no organismo estão relacionados com a doença de Alzheimer, além de causarem riscos para as pessoas que sofrem de doenças dos ossos e de perturbações dos rins.


Alguns exemplos:





Apresenta: Dióxido de silício








Apresenta: Fosfato tricálcico

Apresenta: Dióxido de silício e Óxido de magnésio

Fonte:


GAVA, A.J.; SILVA, C.A.B. da; FRIAS, J.R.; Tecnologia de alimentos. Princípios e aplicações. São Paulo: Nobel, 2008.


BOBBIO, P.A.; BOBBIO, F. O. Química do processamento de alimentos. 2ed. São Paulo: Varela, 1992.


POLONIO, M. L. T.; PERES, F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira.Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro. 25 (8): 1653-1666, ago, 2009.


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