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13 razões para comer em família


13 reasons why - Netflix

A série ‘13 Reasons Why que estreou no Netflix há algumas semanas e tem como temas principais o suicídio e o bullying na adolescência... Mas, eu gostaria de falar sobre algo que me chamou atenção: o fato da mãe de um dos personagens principais se esforçar para que as refeições fossem feitas em família.


A hora da refeição é o momento em que as famílias conversam sobre o dia, contam novidades, discutem algum outro assunto de interesse, facilitando a interação entre as pessoas e cria vínculos afetivos mais fortes. Esse momento também é uma oportunidade de contato e observação das mudanças comportamentais dos filhos, se eles estão mais exaltados, tristes ou ansiosos. Esse tipo de reunião familiar em torno de uma refeição tem se tornado cada vez mais raro na maioria dos lares, devido à correria cotidiana e diferenças de horários, no entanto, os encontros podem ajudar a proteger os mais novos contra alguns problemas cada vez mais corriqueiros como o bullying e depressão, por exemplo.


De acordo com o psiquiatra Ricardo Nogueira, coordenador do Centro de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio do Hospital Mãe de Deus, a prevalência da depressão e do suicídio está relacionada a adolescentes cada vez mais desprotegidos e vulneráveis, em grande parte devido à falta de estrutura familiar.


Vários estudos têm demonstrado que as refeições feitas à mesa e em companhia melhora o relacionamento entre as pessoas, é o local mais seguro para se conviver, no qual o afeto e o acolhimento são esperados podendo melhorar a vida do indivíduo, principalmente das crianças e adolescentes, em vários aspectos listados abaixo.


13 Razões para comer em família:


1. Reconhecimento dos alimentos e sua forma de preparação, para isso é importante a participação dos membros familiares no momento da compra ou da preparação;


2. Favorecem ambientes mais adequados já que é necessário arrumar a mesa com louças e talheres;


3. Evita que se coma mais rapidamente;


4. Maior atenção ao comer, observando assim os sinais de fome e saciedade;


5. Melhora os hábitos alimentares devido ao maior consumo de frutas e legumes e menor consumo de guloseimas;


6. Diminui os riscos de sobrepeso e obesidade;


7. Diminui as chances de ter algum tipo de transtorno alimentar como bulimia e anorexia;


8. Pode equilibrar uma predisposição genética, ou seja, se uma criança ou adolescente que tem uma predisposição genética para a agressão, por exemplo, não se engajará em comportamentos violentos, pois as refeições em família proporcionam um ambiente familiar fortalecido e acolhedor;


9. Diminui o risco de uso de álcool e outras drogas;


10. Melhora a atenção e o desempenho na escola ou trabalho;


11. Desenvolve relações interpessoais;


12. Cria vínculo familiar, pois é oferecido aos jovens um ambiente de fortalecimento familiar, de intimidade afetiva e tempo gasto com verdadeiro interesse em ouvir uns aos outros;


13. A hora da refeição se torna um momento de prazer, de compartilhar e estar junto.


E como tem sido as refeições na sua casa?

Às vezes é complicado estarmos juntos em todas as refeições, se comprometa a realizar pelo menos uma refeição em família. Cozinhe. Envolva toda a família na preparação do alimento e na hora de pôr a mesa. Não esqueça que a escolha dos alimentos é muito importante, dê preferência aos alimentos in natura e minimamente processados.


Conversem quando estiverem comendo, pergunte, saiba da vida dos seus filhos. Se houver algum problema, encoraje-os, empodere-os. Esteja atento para qualquer mudança de comportamento.

Importante lembrar que as horas em frente à TV e ao computador devem ser reduzidas, assim como devem ser estipulada a hora de dormir. Crie rotina. Sejam felizes.

No mais, se precisar de ajuda, procure um profissional de saúde.

Ou então:

Centro de Valorização da Vida Oferece ajuda por telefone, chat, skype, e-mail e presencialmente Telefones 141 (24 horas, para todo o país) e 188 (gratuito, apenas para o RS) www.cvv.org.br facebook.com/cvv141

Fontes:

Sophie Deram. O peso das dietas. 1. ed. São Paulo: Sensus, 2014.

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