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A vez da comidade de verdade



Quando Hipócrates, o pai da medicina disse: " Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio", ele sabia exatamente que uma alimentação adequada preveniria uma série de doenças.


Hoje, conseguimos observar um aumento significativo das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como a obesidade que é um fator de risco para doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Só no Brasil, 52,5% dos brasileiros estão acima do peso, 17,9% da população está obesa e as doenças crônicas respondem a 72% dos óbitos, as principais causas estão relacionadas ao fumo, álcool, inatividade física e alimentação inadequada, e é aí onde quero chegar.


A alimentação da maioria da população vai mal e, a indústria de alimentos tem contribuído para isso. A oferta de produtos prontos, semiprontos, palatáveis e duráveis é enorme, além de possuírem um preço mais atraente, tudo isso com a desculpa da nossa falta de tempo para preparar nossa própria refeição. Esses alimentos, ou melhor, citando Michael Pollan "substâncias comestíveis com aparência de comida", são repletos de açúcar, gordura trans, sódio e aditivos químicos, além de terem sua validade pensada para ficar na prateleira do supermercado. Sabemos que esses tipos de substâncias comestíveis não nos trazem qualquer benefício, o que quero dizer é que nós precisamos simplesmente parar de comer produtos alimentícios ultraprocessados em substituição da comida de verdade.


A população já tem uma certa consciência de que é preciso ter uma alimentação mais natural e a indústria, observando a demanda, vem lançando produtos com menos sódio, menos açúcar, sem glúten, sem lactose, no entanto não deixam de ser produtos ultraprocessados e cheios de aditivos.


Precisamos declarar independência da indústria alimentícia e reassumir nosso papel na cozinha. É preciso devolver o espaço no fogão para a comida de verdade, que nada mais é do que a comida caseira, a comida sem rótulo e com a validade curta. Ao cozinharmos a própria comida, sabemos quais ingredientes estaremos utilizando e muitas vezes a sua procedência.


O nosso Guia alimentar, que foi considerado o melhor do mundo, nos aconselha a consumirmos mais alimentos in natura e minimamente processados, os processados devem ser consumidos com moderação como parte de preparações culinárias e os ultraprocessados devem ser evitados.


Para melhor entender:

Prevenir é a melhor solução contra as doenças crônicas não transmissíveis, para isso é importante consumir os alimentos in natura e minimamente processados (vide tabela), além disso algumas dicas bem simples:

1. Compre mais alimentos vendidos em feiras (de preferência orgânicos) e menos em prateleiras;

2. Faça sua própria comida;

3. Compartilhe as refeições com quem você ama;

4. Saboreie os alimentos: sua textura, aroma e sabor;

5. Viva sem culpa e seja feliz!



Fontes:

Pollan, M. Regras da comida. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013. 128 p.




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