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Como você se vê?


Ao se deparar em frente a um espelho, o que você enxerga do outro lado? Alguém que está feliz e satisfeita com o corpo que tem? Ou alguém que poderia perder uns quilinhos ou ganhar uns quilinhos? Ou pensa "E essa barriga? Bem que poderia sumir!". Ou então você lembra daquela atriz que emagreceu e que poderia ficar da mesma forma? Ou aquela blogueira sarada de pernas torneadas e que você poderia ficar igual a ela?

De um jeito ou de outro sempre pensamos em mudar algo, o que é natural, mas a situação começa a complicar quando nosso principal e único objetivo e ser alguém que não podemos ser.


Desde que esse mundo é mundo, nós mulheres somos submetidas às vontades e prazeres do homem, que sempre achou no direito de dominar nossos corpos. O movimento feminista nos encorajou a denunciar a sujeição em que éramos mantidas, e desde então buscamos a independência, lutamos por nossos direitos de igualdade de gênero, repeito e representatividade até os dias de hoje.

Mesmo com alguns direitos sendo alcançados, atualmente passamos a vivenciar uma nova maneira de compreender nosso corpo, expressar nosso prazer, além de podermos consumir o que desejamos, no entanto, somos sujeitadas ao modelo corporal imposto pelo sistema capitalista e pela ideologia da mídia.


Os meios de comunicação nos ditam como devemos ser: corpos magros, perfeitos, fortes e torneados, junto de mensagens de sucesso, controle, aceitação e felicidade, criando em nós um incômodo que ao nos olharmos no espelho vemos que tem algo errado, nos fazendo desejar ter um "corpo perfeito" e acreditando que ao sermos magras, poderemos alcançar todos nossos objetivos, nos sentindo incluídas socialmente, caso contrário nos frustramos, gerando uma eterna insatisfação, nos levando a adotar medidas radicais que podem desencadear até mesmo distúrbios alimentares, medidas estas que tomamos, muitas vezes sem a ajuda de um profissional nutricionista qualificado.


É como se a perda de peso fosse a solução para todos os nossos problemas além de não considerarmos os aspectos relacionados à saúde. Nos rendemos à inúmeras dietas, uso de remédios, jejuns prolongados, alimentos dietéticos, excesso de atividades físicas e até mesmo cirurgias de redução de estômago, tudo isso para atingir o ideal.


Mas o que é o ideal? O que é a perfeição? O que é o padrão de beleza? Eles simplesmente não existem!!! Cada indivíduo é único, nós somos únicas, cada uma com sua particularidade, não adianta querer fazer a dieta de fulana, ou seguir as dicas de ciclana, ou a série de exercícios de beltrana, pois não irá funcionar! Nós não seremos mais felizes se formos do jeito que querem que sejamos. Nós seremos felizes quando não nos sujeitarmos às vontades da sociedade. Quando ao olharmos pro espelho e nos vermos nele e nos aceitarmos do jeito que somos. Seremos felizes quando o foco não for a perda de peso somente, mas buscar um equilíbrio em relação à comida e ao comer.


Da próxima vez que se olhar no espelho, olhe bem pro seu corpo, ele é seu. Ame-o, cuide dele, pois é o único que você tem. Busque viver de uma maneira mais leve e saudável (de corpo e mente), sem pressões, sem imposições, sem culpa. Não queira ser ninguém que não seja você.




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